segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

O olhar.
Ver é o supremo bem:
Insisto em sismar se a alma
será tal vês uma fração do olhar.
Cegos, nunca saibais verdades tão doida,
para a cegueira, o olhar vale mais que a
vida. É nas lições do olhar que aprendemos,
o bem e o mal. O amor, o asco, a piedade, o ódio,
e o desdem.
A dor que sentimos, dói como se não doesse,
Exprime uma verdade inconsolável esse proverbio
tão brutal e tão justo no seu conceito imparcial, de
máximo egoísta que condena o esquecido e absolve
o que esqueceu, dizendo-lhes com voz igual,
longe da vista, longe do coração.
Olhar fonte perece e viva de emoção!
Toda a fisionomia humana se ilumina ou tempestua
pelo olhar, Luz matutina. Ou fulgor de corisco, em
céu de temporal; Ardente ou frio, como o gume de um
punhal; dando radioso ou turvo, expressão ou eloquência.
A cólera, á ternura, á energia, á demência, Abrindo a alma
como um clarão de luz solar; Ou vago como o por solar
à beira-mar; iluminando o rosto ou, enevoando em mágoa.
Boiando inerte a fluxo de uns olhares rasos D água.
A inspiração de um poeta, é como o solo inculto, que esta se
abrindo em flor; Todo esse turbilhão de ideias em tumulto que
nem sei por que rimei, com tanto ardor; veio de me ter visto,
pela janela do meu quarto de doente, Que maravilha; um trecho
muito azul de céu arvorecente, um pedaço de muro, engrinaldado,
de hera, resumo feliz de toda a prima vera, ao leve sopro de uma aragem
preguiçosa, o balanço de um galho, embalando uma rosa, ver é um supremo bem.
Escrito por José da silva ca
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Araruama;09/12/2019. 
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