Deus me concedeu: um pedacinho da terra para morar.
Onde tem uma pedreira, é a morada de xangó;
a cachoeira de mãe Oxum,
As matas onde canta os passarinhos, reclusivo o sabia.
Aqui é o meu paraíso, em um jardim florido aonde voa;
o beija-flor na ramada do maracujá; o bem ti-vi acusa,
as coisas naturais. O dia se vai entardecendo, surge a lua;
e as estrelas, clareando a imensidão; onde mora a paz e a solidão
onde não tem falsidade, e ingratidão. A minha rede está balançando,
entre dois pés de oliveira, daqui a dois anos terei azeite, e azeitona;
Quero paz, não direi que tudo se dane.
Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos.
Araruama;24/11/2023.