Fui criado na fazenda do meu pai,
pertinho da selva, nesta fazenda morava
um casal de índio. que tinha um filho de
nome jaci, e a filha de nome jurema.
eu era amigo do índio jaci. nos dois
gostava de ir para a selva, onde ele me ensinava
as ervas que cura, e as frutas que podia comer,
e os nomes de cada pássaros, foi assim que aprendi
adorar a natureza. Um dia eu levantei bem cedinho,
e fui passear na selva sozinho, logo ao amanhecer,
vi em uma folha de tinhorão, uma gota de orvalho,
que brilhava como um diamante, sobre o clarão do sol,
a folha balançava sobre o efeito de uma leve brisa,
me encostei em um pé de um enorme jequitibá, sem
querer encostei o ouvido e ouvi um leve barulho como
se fosse água correndo, eu acho que devia ser a grande
arvore que estava se alimentando, dos nutrientes da terra,
enquanto lá em sua copa, ouvia uma barulhada. de vários
pássaros, a cantar, fui escorregando de costa até me sentar
no chão, vi uma manada de porcos catetos a fuçar a terra.
vi vários macacos pulado de árvores em árvores, um bando
de maritacas parecia estar brigando, macho com macho em
disputa de uma fêmea; resolvo me deitar, no chão e olhar para
o céu, vi um bando de garças, parecia uma uma formação de avião.
lá no céu, via várias nuvens brancas, que ia passando lenta mente.
parecendo não ter pressa; infelizmente o meu pai vendeu a fazenda,
e viemos morar na cidade, papai, estava procurando uma casa para
comprar, eu andando pela as ruas notei uma grande casa onde estava
escrito vende-se, pedi a dona para vela por dentro era grande tinha
vários cômodos, e nos fundo tinha um campo de futebol , corri para
o hotel e falei para o meu pai, sobre a casa, ele logo foi vela, e gostou
e comprou a casa, eu logo pedi para retirar as traves do campo e fiz uma
chácara, ele falou fica para você, e faça o que você quiser, isto já esta fazendo
quatorze anos. agora eu tenho uma linda chácara. e um belo jardim. onde tenho visitas de vários beija flores.; gosto de conversar com as árvores, quando estão carregadas de frutos. abraço e beijo agradecendo por estar carregadas de frutos.
Nas noites claras de lua. e o céu estrelado, gosto de contemplar o universo;
as vezes passa um cometa deixando sair de sua cauda repleta de estrelinhas, que
logo se apagam vejo estrelas piscando e eu bobo até penso que é para mim, tem
estrelas azuis e vermelhinhas; peço perdão aos leitores. por eu já ter mais de oitenta anos e me comportar como se fosse criança, mas o que posso fazer,
aprendi a amar a natureza, de tal forma que não consigo, esquecer dos meus tempos de um jovem rapas, junto aquele amigo índio, o Jaci, tudo começou
com um simples pingo D" água na folha do tinhorão. no centro da selva Amazônica !!!
Escrito por José da silva caburé poesias contos & versos,
Araruama; 29/12/2020.