segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

 Homenagem à cidade de Matipó. 

Nesta época poucos de você ainda não eram nascidos. 

A igrejinha era pequenina, feita de taboa sagrada, 

mas de hora em hora, o sino badalava,

O sino da humilde igrejinha irradiava e para o céu se 

alevantava as vozes de quem cantava no coro, a reza da Ave Maria, 

Um dia chegou nesta Cidade um homem de nome Joaquim, ele 

assumiu a igrejinha, convocando todos os moradores, desta região, 

e fez um sermão; irmãos preciso de todos vocês homens e mulheres.

Preciso das vossas ajudas, Daime as vossas mãos, preciso de todos vocês. 

Para erguermos a mais bela igreja desta região;

Ele fez festas, juninas, e de todos os santos, teve uma grande quermesse.

Fazendeiro contribuíram, dando vacas e novilhas, os maios pobres um 

porquinho, uma galinha, ou um cabrito, as mulheres com doces, e bolos,

e quentão. Para as festas de santo António, são Pedro e São João. Assim

começou a construção, ainda hoje me lembro do meu pai em uma 

fundação, todo sujo de lama, ele como os outros doavam um dia de trabalho por semana, para auxiliar na construção, da igreja, todas as britas foram quebradas pela mão dos meninos da época, assim como eu, e meus irmãos João e Sebastião, 

e muitos outros ganhávamos por lata de dezoito quilos, era poucos centavos, de 

cruzeiros, por lata, as britas era para os pilhares e as lajens e pisos, e o resto da construção; estes meninos assim como eu hoje dependendo da idade de cada um na época deve ter acima de setenta anos, pois se eu já completei agora dia 

quinze deste mês de dezembro, oitenta e sete anos, e na época eu estava com quinze anos, portanto já passaram setenta e dois anos. Mas valeu a pena, foi erguida a mais bela igreja das redondezas, só sendo igual a de Raul Soares, minha terra natal. Cidade onde nasci e estudei no antigo grupo escolar Benedito Valada, foi lá que conheci o 

Construtor de todas as igrejas da região e de muitos outros lugares, de Minas 

Gerais, o senhor Arno, e o padre Joaquim que veio junto a mando dom pare José de Raul soares onde havia acabado a construção da igreja dá aquela Cidade,

Na época Matipó não era calçado, também acompanhei do começo ao fim do

Calçamento, e a turma que veio da Baia para quebrar os, paralepípedos foi assim que muitas moças da época se casaram. 

Escrito por José da silva caburé, poesias, contos & versos. 

 Araruama, R J Região dos Lagos.

 21/12/2020.


 Natal dos moradores de ruas e das favelas:

uma mesa improvisada é um caixote, a luz de vela,

 uma garrafa de cachaça, na penumbra da desgraça, 

 que faz chorar muitos corações de mães, 

e filhos, de barriga vazia e pés no chão, o presente 

a boneca e a bola, ficou só na ilusão, um pai analfabeto,

 bem o mal fez o seu barraco, o teto furado, de onde a lua 

 faz clarão, nem rede tem, a cama é um pedaço de papelão,

 a parede toda furada, caminho das ratazanas, 

 um retrato amarelado do papai Noel na parede, renas e seu treno.

 Olha lá no planalto e diferente, dizem que lá mora gente, 

muito importante, mas nesta época lá está tudo vazio, 

 viajaram de avião, iate ou navio, foram todos para Paris,

gastar o nosso dinheiro, champanha caviar, hotéis cinco estrelas.


Temos razão, favelas, tem balas, valas, e velas; e fitas verde e amarela.

Pergunto porque todos das ruas e das favelas não mudam lá

para a esplanada, dos ministérios, todos saiam lá do alto e 

venha para o asfalto, e toma de assalto a camará e o congresso,

tudo lá nus pertence, eles são os nossos empregados e nós somos

os seus patrões, eles nus devem satisfações, eles os ladrões, pergunto, 

será que todos eles vão ter cem anos de perdão? Acho que Não se 

continuar os mesmos fora das leis, precisamos mudar tudo isto, 

precisamos de um líder, paladino das leis, isto está ficando muito chato,

chama logo a lava jato, e leva junto o japonês!!!

Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos.

Araruama: 21/12/2020