segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

 Vou me libertar desta gaiola. 

não nasci para ser passarinho;

vou arrebentar essas amarras. 

e me libertar desta prisão, 

vou voar  como uma estrela cadente.

conhecer de perto a lua e as estrelas;

se cansar descansarei em uma nuvem

branca, passageira,

plainando nas alturas dando cambalhotas

e piruetas, dar um pique voando baixo, 

e pousar na sua janela. 

Serei seu companheiro a noite  inteira;

até o raiar da aurora.

até logo companheira preciso ir embora.....

se quiseres venhas comigo, e seja a minha 

passarinha, e nunca mais ficaras sozinha, 

ensinarei todos os meus segredos. que não 

tem ancora, os meus braços  te prendaras 

a vida inteira,

se tiveres medo e quiseres ficar eu voltarei, 

a voar entre cantos  em vou rasante e sempre 

voltarei a pousar na sua janela, 

deixa eu olhar em seus olhos, deixe que cure 

as suas feridas, trago para ti em meu bico, um

ramo das oliveiras, esta prisão nesta gaiola não 

duraras a vida inteira, nem mais que o diluvio 

que prendeu a arca de Noel nos montes arara-te

voltarei para te salvar, e você poderá voar e depois 

fala pra mim minha passarinha. o que você viu? 'vi 

um passarinho engaiolado preso entre os meus braços.

e assim ficaras a sua vida inteira" !!!

escrito por José da silva caburé poesias contos& versos.

Araruama; 14/12/2020




 Vou amar o próximo dia quinze,

se eu puder chegar a ele. amo este dia

já esta fazendo oitenta e quatro anos. 

 ele foi o meu companheiro, durante todo

este tempo, A vida tem os seus altos e baixos,

momentos felizes, ou de sofrimentos. para mim 

esta sendo bom, Deus me deu este presente, de 

ser um homem conformado, me deu um vasto 

jardim, que é a natureza, e uma longa estrada 

para percorrer, como ainda estou passeando, 

neste paraíso florido, não sou rico , nem pobre;

Deus me deu o suficiente, para sobreviver, feliz

e contente, por isto nunca pedi nada só o agradeço  

por ter me dado uma longa vida; tendo os cincos 

sentidos perfeitos, podendo ouvir o cantar dos pássaros ,

o barulho das cachoeiras,  e as suas cascatas, e as  verdes

matas; tendo a visão para poder ver, todas as belezas da 

natureza, ter o olfato  podendo sentir o cheiro das flores. 

ter o tato, que é a nossa segunda visão, pelas as pontas dos 

dedos; e o toque  no corpo da mulher amada.... 

sentir a relva orvalhada, e o paladar para  sentir o sabor das

maças. e o sabor dos frutos e um beijo da mulher querida.

Quando eu for embora, irei contente pelo o dever cumprido, 

Trabalhador  honesto, respeitando as leis, e sendo ético,....

 O que Deus me deu deixarei aqui;  para onde vou  não preciso 

de nada, não tenho medo da morte, ela é inevitável. ela só é um 

sono profundo, como se fosse uma anestesia. em uma cirurgia,

O corpo não mais me pertencera, será o alimento das bactérias, 

só a alma elevaras, vagaras pelo o espaço sideral visitara a lua e

e as estrelas, quem morreu foi o meu corpo, a alma é eterna, ela 

nunca morrera, com o tempo ela abitaras  um novo corpo, mas da

vida vivida comigo, ela não lembraras, porque o corpo é como um 

livro, que envelheceu e na terra virou pó, mais uma história que ficara

no esquecimento, desta vida vivida, por mim nunca mais terás outro eu 

Escrito por José da silva caburé. poesias contos & versos. 

Araruama; 14/12/2020.