Vida na roça;
levantei bem cedinho,
o dia estava muito frio;
entrei mata a dentro, catando
gravetos, secos para acender o fogão;
para aquecer do frio, o ranchinho coberto
de sapê, o estomago rocou, com vontade de comer;
fui no rio, apanhei uns peixinhos no jequi. cheguei
no rancho os assei e comi, satisfeito fiquei, deitei
e dormi, o meu cachorro latiu, acordei abri a porta e vi;
era o vizinho e o seu filho, ele me cumprimentou, eu o
respondi, bom dia senhor Aparício, o que devo a sua visita?
A minha mulher mandou para o senhor, couve e quiabo, e
umas abobrinhas, da sementes que o senhor deu no ano passado;
aproveitando a viagem eu pergunto o senhor quer ser meu compadre,
sendo padrinho do meu segundo filho, Joaquim?
"Com muito gosto senhor Aparício, quero sim!
fala com a sua mulher, que vou dar a ela uma cabrita, para dar leite, para
as crianças, e já que vamos ser compadre, entre e vamos esquentar as mãos
no rabicho do fogão; " isto é muito bom , estou com as mãos durinhas de frio.
eu e o meu filho, " coitadinho do seu filhinho ele esta tão magrinho!
venha compadre ainda tenho no fogão angu e uns peixinhos, mate a fome e
esquete as mãos, !!!
Escrito por José da silva caburé poesias contos & versos.
Araruama; 06/02/2021.