sábado, 2 de dezembro de 2017

Esta é a minha história verdadeira;
fiquei muito revoltado com este povo
que diz ser civilizados;
eu nasci na roça,a muitos anos atras ,
esto já faz  oitenta anos, para vos dizeres a verdade..
fui criado como um bicho do mata, todo catarrento,
com os pés chio de bicho de pé,piolho nos cabelos, e
percevejo na tarimba, onde tinha uma esteira de taboa, .
aos cinco anos eu já trabalhava, buscando as vacas
depois das vacas ordenhadas tinha que leva las
de volta e busca las de novo as duas horas para prender os
bezerros que ficavam presos ate no outro dia,
As solos dos meus pés eram como a carapaça da tartaruga
de tanto tomar topada, e pisar nos espinhos que são chamado
de benzinho, fiquei doente e quase mori, o que me salvou foi o
leite de uma égua  criada de poco ela tinha um cavalinho vermelinho
que eu pus nome nele de pirulito, pirulito porque quando o meu pai
ia a cidade trazia um pirulito vermelhinho para mim;igual ao cavalinho;
fiquei na roça ate os dezessete anos ,fui servir a pátria, dei  baixa e fui virar
o mundo. mas notei que todos eram iguais os que eu já tinha conhecidos,
interesseiros, fofoqueiros  e sempre querendo se dar bem  sobre os outros,.
resolvi ir morar na selva, fui de trancos e barrancos, ajudante de caminhoneiros
trabalhei catando papel e ajudante de pedreiro, chegando onde eu queria fiquei
em uma penação  durante seis mezés,comprei um velho caminhão que pertenceu
o exercito,bau de alumínio tração nas quatros rodas,e comprei varias coisas,
facão,foice,machado, roupas medicamentos, como aspirina, soro ante ofídico ,
e sal, ate uma carabina e muita munição e combustível para o caminhão.. mais
não precisei quase nada disto. conheci oito pessoas que andam nuas. Jupira Cirema,
Iracema, e jurema, e três rapas,pejeu,peri,e assui , esse foram os meus melhores amigos
foi ai que eu conheci o que e ser civilização , povo humilde muito inocente, e sem maldade
a nossa aproximação foi um poco difícil , eu já estava desistindo foi quando eu fiquei bem
a suas frentes e apontei para o meu peito e falei eu me chamo José . e apontando para eles perguntei e vocês como é os seus nomes.logo uma a Iracema que parecia ser a mais inteligente falou eu Iracema
e continuou a falar os nomes de todos. foi assim entre gestos e mais gestos que chegamos a nos entendermos. me levaram parra conhecer a sua aldeia no principio foi meio complicado, mais no final de tanta danças e bebidas feita da mandioca, depois de todos cansados fomos dormir cada um em sua oca. toda a tribo ficou meus amigos no outro dia fui embora, dormi toda aquela noite e ao me levantar olha quem estavam la,,todos eles e com gestos me convidavam para ir pescar,dois foram para o mato logo voltaram com uma arrudia de cipó,  o nome deste cipó é cipó timbó que amassado e batido na água os peixes ficam atordoados e sobe boiando a cima dá água,. aprendi muitas coisas com eles
a encontrar água em um grosso cipó, a conhecer  a erva poalha
       
 que abaixa a febre, o pão onde se extrai o quinino de sua casca, e fazer  armadilhas . rabudos e aratacas, conhecer as frutas que pode ser comidas produzida nas matas,onde tiver pássaros comendo você também pode come las,, foi ai que eu conheci os verdadeiros brasileiras. , namorei todas elas por que assim elas me procurava, mais todas elas sabiam uma da outra, mais não tinham ciumes, acabei me casando com uma delas só não revelo o nome dela, .
Escrito por José da silva, contos & versos;
Araruama;02/12/2017.