quinta-feira, 28 de maio de 2020

Uma carta para quem eu amava,
primeira mente a boemia, depois
a Valéria Maria;Querida você se lembra
da quele bar da rua da saudade, bem no
centro da cidade, na esquina com a rua
dos namorados tendo mesas e cadeiras
na causada? Aquele chope bem gelado
acompanhando um galeto bem passado,
as batatas fritas que você tanto gostava?
Lembra da florista que sempre lhe dava
uma rosa vermelha que para você eu
comprava? você ainda tem guardadas
as poesias que aqui nesta mesa eu escrevia
e lhe dava? Querida hoje eu estou aqui sozinho
lembrando daqueles nossos tempos de namorados,
de prazeres e alegrias nos fins de semanas,o lugar
é o mesmo, só o tempo que foi passando, as mesas
já não tem aquelas toalhas de linho branco, nem os
guardanapos tamanho papel toalha com o desenho
de uma rosa vermelha, que você sempre lavava e
guardava como recordações; dos nossos momentos,
os garçons já não são os mesmos. tudo esta mudado,
os cariocas já não tem mais a quele sotaques e jinga
de malandro, nem fala mais afrancesado, não usam mais
chapéu mangueira, nem sapato duas cores, nem terno e
gravata hoje a moda e roupa rasgada, parece ate edifício
velho e muro pinchado, nem lencinho de seda no bolsinho
do paletó, e cravo vermelho na lapela, tudo isto acabou,
isto já faz muito tempo sera que você ainda existe, Valéria Maria?
eu aqui com as minhas recordações, sentado na mesma cadeira da
mesa numero vinte, quando ela estava vazia era a nossa preferida.
era bem na esquina e tinha uma boa vista. onde tinha um  grande
chafariz, hoje já não mais existe, eu fico triste e me pergunto, como
seria bom se ela estivesse aqui sei que já não somos os mesmos jovens
de antes mas a alma não envelhece, e continuamos sendo boêmios,de
minha parte faria tudo de novo, mesmo sendo bem mais velho Senhor
Joaquim feche a minha conta por favor, pois já são quatro horas da manhã,
de sexta para sábado, hoteleiro logo a noite quando a lua estiver saindo me
acorde por favor, quero sentir a noite e clarão da lua e ver o céu estrelado,
nesta noite da sábado, mesmo sem a minha querida companheira Valéria Maria,
nos nus envelhecemos mas tivemos uma bela vida juntos, que pena você não estar
mais aqui, eu ainda estou vivo, mais vou para lá ficar junto a você vou levar  uma
rosa vermelha para te ofertar, querida tenho o precedimento que esta sera a ultima
noite deste boêmio  adeus lapa querida amarelinho e o bola preta,aqui onde fomos
muito felizes eu e Valéria Maria,!!!
Escrito por José da silva poesias contos & versos.
Araruama, 28/05/2020.     

Nenhum comentário :

Postar um comentário