Eu nasci a anos atrás, nem sei quantos anos fás;
cá entre nós, só sei que foi no século dezenove,
mesmo assim tem muitas coisas que não sei, só
ouvia falar da guerra entre Brasil Argentina e Uruguai
contra o Paraguai, e na guerra dos farrapos, do João
Concelheiro, e do famoso Lampião, Nem sei da lei do
ventre livre, nem a independência do Brasil, sou mesmo
um desinformado porque nunca fui informado, nem cozido
e nem assado, sou mesmo um cara de pau aos doze anos
aprende a tocar berimbau, na aqueles tempos ninguém
conhecia os tais alucinógenos que fazia muitos ficar
maluco beleza, pra mim as estrelas são as mesmas que
até hoje existe no céu, só a de Davi eu ainda não vi,
e nem falar de amores de quem não conheci,
eu aprendi a usar a pena e não uma guitarra barulhenta,
para com ela cantar as suas alucinações, tendo somente
falsas ilusões, já eu que nasci onde não sei, mais eu já existia
antes de você mais nunca usei este trem alucinogêneos,
tem muito mais coisa que eu ignoro, nunca tive inspiração
em compor musicas e tocar guitarra, só aprendi a trabalhar,
só por isto te escolhi para ser o meu patrono, gostaria que você
ainda tivesse vivo pra mim te dá us tapas, tal vês ainda estivesse
vivo, bem feito Coelho é bicho de magico, ele sim tinha cartola
eu sou, uso chapéu panamá, sapato marrom e branco, terno de linho
ou tropical Ingres preto brilhante, para um bom malandro é o bastante,
agora eu para intender estes teus sonhos mirabolante,e nesta sua
metamorfose ambulante, enquanto você tocava cantava e sonhava,
eu com quatorze anos já trabalhava com carteira assinada,ista na época
do ditador Getulio Vargas, hoje menores não pode trabalhar, só pode
brincar de aviãozinho para ser comandante das alturas, levando maita
gente para o céu; é só, de José da silva caburé, poesias contos & versos,
Araruama. 24/09/2/021.