segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

 Natal dos moradores de ruas e das favelas:

uma mesa improvisada é um caixote, a luz de vela,

 uma garrafa de cachaça, na penumbra da desgraça, 

 que faz chorar muitos corações de mães, 

e filhos, de barriga vazia e pés no chão, o presente 

a boneca e a bola, ficou só na ilusão, um pai analfabeto,

 bem o mal fez o seu barraco, o teto furado, de onde a lua 

 faz clarão, nem rede tem, a cama é um pedaço de papelão,

 a parede toda furada, caminho das ratazanas, 

 um retrato amarelado do papai Noel na parede, renas e seu treno.

 Olha lá no planalto e diferente, dizem que lá mora gente, 

muito importante, mas nesta época lá está tudo vazio, 

 viajaram de avião, iate ou navio, foram todos para Paris,

gastar o nosso dinheiro, champanha caviar, hotéis cinco estrelas.


Temos razão, favelas, tem balas, valas, e velas; e fitas verde e amarela.

Pergunto porque todos das ruas e das favelas não mudam lá

para a esplanada, dos ministérios, todos saiam lá do alto e 

venha para o asfalto, e toma de assalto a camará e o congresso,

tudo lá nus pertence, eles são os nossos empregados e nós somos

os seus patrões, eles nus devem satisfações, eles os ladrões, pergunto, 

será que todos eles vão ter cem anos de perdão? Acho que Não se 

continuar os mesmos fora das leis, precisamos mudar tudo isto, 

precisamos de um líder, paladino das leis, isto está ficando muito chato,

chama logo a lava jato, e leva junto o japonês!!!

Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos.

Araruama: 21/12/2020 


Nenhum comentário :

Postar um comentário