quarta-feira, 13 de setembro de 2017

um velho poeta;
Desanimado entregas-te sem norte,
sem relutância, á vida; e aceitas dessa
torrente que vos arrasta, -- a só promessa
de ir lenta mente desaguar na morte.
Que pode a ver, em suma, que te impeça
De seguir o vosso rumo,contra a sorte?
Sonhas! é a sonhar,e assim armado e forte,
vida e mágoas incólume, atravessa.
Ouve: da minha extinta mocidade, eu, que
já vus fitando céus desertos, trouxe consolação.
trouxe a saudade,
trouxe a certeza, emfim, (se há sonhos certos,)
De ter vivido em plena claridade dos sonhos que
sonhei de olhos abetos.
Não me culpeis a mim de amar vos tanto,
Mas a vós Mesma., e á vossa formosura:
Que se vós aborrece, me tortura, ver-me cativo assim
do vosso encanto.A mudança sera para nos dois,
e então podereis ver, minha senhora, Que eu sou quem
sou por serdes vós quem sois .
Enganei me, supondo que de altiva, Desdenhosa tu vias
sem receio Desabrochar de um simples galanteio  a
agreste flor desta paixão tão viva. que viverás em mim para
sempre, esta paixão ardente, tendo em te minha poetisa
minha musa . eterna mente.
Escrito por José da silva, contos & versos;
Araruama;13/09/2017.

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