sexta-feira, 2 de abril de 2021

 Ai que saudades do meu pedaço de chão, 

dos meus bois, e de todas as criações, 

do meu roçado, de milho , arroz. e feijão;

lá nada me faltava era de lá  que eu colhia

toda a alimentação, só comprava o que vestir ,

um par de botina, o sal de cozinha; ô, o meu 

fogão a lenha, onde se fazia de tudo e esquentava

do frio; ô, o meu candeeiro a azeite da mamona, 

ô, o açúcar mascavo e as rapaduras, o sabão feito

da carcaça de um boi, tinha carne o ano inteiro, 

ô galinhas não faltava no terreiro, e porcos no 

chiqueiro;  ô, o meu cavalo beija flor,  era o meu

mus tangue sempre com as quatros patas bem 

ferradas, era bom de andadura, e marcha  picada

na Cidade as ferraduras tirava fogo nas calçadas

era um encantamento para as mulheradas,

Ô, É disto que eu sinto saudades; e dos cantos dos 

passarinhos, da noites enluarada, tendo o céu estrelado;

os pisca, pisca, dos pirilampos. enchia todo o campo ;

e as borboletas coloridas que revoava sobre as flores,

Eu nunca deveria ter saído de lá,  e vir morar na cidade,

hoje sou um homem triste, morrendo de saudades,

hoje me lembro dos concelhos do meu velho pai,

ele falava  filho cidade grande é perdição, é pura 

ilusão, mais que fantasia, filho pense bem, quem 

vende o que tem morre sem um vintém, o velho 

tinha razão, eu fui o culpado e perdi a razão vendi

o meu pedaço de chão   !!!

Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos.

Araruama; 02/ 04/ 2/021.

    

 

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