Ai que saudades do meu pedaço de chão,
dos meus bois, e de todas as criações,
do meu roçado, de milho , arroz. e feijão;
lá nada me faltava era de lá que eu colhia
toda a alimentação, só comprava o que vestir ,
um par de botina, o sal de cozinha; ô, o meu
fogão a lenha, onde se fazia de tudo e esquentava
do frio; ô, o meu candeeiro a azeite da mamona,
ô, o açúcar mascavo e as rapaduras, o sabão feito
da carcaça de um boi, tinha carne o ano inteiro,
ô galinhas não faltava no terreiro, e porcos no
chiqueiro; ô, o meu cavalo beija flor, era o meu
mus tangue sempre com as quatros patas bem
ferradas, era bom de andadura, e marcha picada
na Cidade as ferraduras tirava fogo nas calçadas
era um encantamento para as mulheradas,
Ô, É disto que eu sinto saudades; e dos cantos dos
passarinhos, da noites enluarada, tendo o céu estrelado;
os pisca, pisca, dos pirilampos. enchia todo o campo ;
e as borboletas coloridas que revoava sobre as flores,
Eu nunca deveria ter saído de lá, e vir morar na cidade,
hoje sou um homem triste, morrendo de saudades,
hoje me lembro dos concelhos do meu velho pai,
ele falava filho cidade grande é perdição, é pura
ilusão, mais que fantasia, filho pense bem, quem
vende o que tem morre sem um vintém, o velho
tinha razão, eu fui o culpado e perdi a razão vendi
o meu pedaço de chão !!!
Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos.
Araruama; 02/ 04/ 2/021.
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