Eu vou me libertar deste cativeiro,
não nasci para ser prisioneiro;
vou arrebentar essas amaras que me prende,
e me libertar dessa prisão, vou voar na imensidão,
conhecer a lua e as estrelas; se me cansar descanso
em uma nuvem branca, passageira, plainado nas alturas,
dando cambalhotas e piruetas, dar um pique voando baixo,
e pousar na sua janela, e ser seu companheiro a noite inteira,
até o raiar do dia, e logo irei partir e dela me despedir, até logo
companheira, preciso ir, se quiseres venhas comigo; e seja minha
passarinha, prometo que nunca mais ficaras sozinha, te ensinarei
todos os meus segredos, aqui no alto não tem como pousar o seu
abrigo será os meus braços, que te prenderas a vida inteira, se tiveres
medo e não quiseres ir, eu prometo a voltar voando e cantando, em
um vou rasante, e pousar de novo na sua janela, me deixa que olhe em
seus olhos, por que estas chorando, me deixe que eu cure a sua tristeza,
tirando você para sempre desta gaiola, prometo que esta sua tristeza,
não duraras a vida inteira; o nosso leito já esta arrumado, ele é todo branquinho,
uma nuvem macia ela ser[á a nossa morada noites e dias,
Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos,
Araruama; 09/02/2021.
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