domingo, 17 de janeiro de 2021

 Recordar e viver, 

Eu posso  contar a minha história sem medo de errar, 

começa  nos meus sete anos  lembranças  da minha vida

no campo, dos tempos que transporte  era no lombo das 

mulas, e nos carros de bois; nas cidades se alumiavam com

os lampião  a gás, nas casas dos ricos eram 

a luz de velas, no campo era nas lamparina  

e candeeiro com o azeite da mamona, assim se formou a

modernidade, até as musicas  o que mais falava era do amor;

não avia apelação. nem  plantar a verdinha, em quintais, vendida

a um real. as crianças aprende a brincar de aviãozinho e vender 

pedrinhas como se fosse amendoim; diz pra mim cá entre nós, 

esta que é a modernidade do século vinte?  Homenagem a mamona

que representava na época a Petrobrás. nos tempos da escravidão não

 existia a eletricidade. no campo a eletricidade era o azeite  da mamona. 

que era usado  no candeeiros e nas lamparinas, na época da colheita da 

mamona os escravos  colhiam os cachos  e colocavam para secar no sol. 

quando era aquecida  os frutos arrebentavam  dando estalos como se fosse 

espoletas. os caroços voavam longe, eram recolhidos e socados no pilão

ou no monjolo; e colocados para ferver, depois que esfriava  era  apurado nas 

palmas das mãos, era assim com muito trabalho que chegava a depuração de 

um bom azeite da mamona. este produto também servia  para untar os arreios  das

tropas de mulas,  e os eixos dos carros de bois, amaciar as dobradiças das portas,

e as fechaduras; era um produto muito útil  da época, ate para untar  os umbigos 

dos recém nascidos.  outra coisa  que devo explicar naquela época a higiene era zero. não existia papel higiênico, nem privada, dentro de casa, usavam  pinico. 

e limpava com sabugo de milho,  até papel comum era coisa rara. existia do lado 

de fora das moradias uma tal de latrina. que sempre era construídas  em cima dos

chiqueiros dos porcos. quando os porcos notavam que estava chegando  gente 

todos saiam correndo. e tudo era despejados  nas cabeças deles, e por esta causa 

que na Cidade do Rio de Janeiro tem um proverbio, quem mora em casa de cômodo  moram em cabeça de porcos.  eu afirmo já morei em uma delas. por 

que mentir?  se eu estou fazendo tantas  afirmações ; somos gentes  que ajudamos 

a fazer  acontecer.  não somos os culpados  de tudo o que é ruim  que estamos vivendo,  estes sim vão carregar as culpas  das mortes dos próprios  pais e mães 

trazendo  para dentro de suas casa  a morte, recolhida nas baladas da vida entre

drogas e sexos !!!

Escrito por José da silva caburé poesias contos & versos. 

Araruama; 17/01/2/021.



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