Recordar e viver,
Eu posso contar a minha história sem medo de errar,
começa nos meus sete anos lembranças da minha vida
no campo, dos tempos que transporte era no lombo das
mulas, e nos carros de bois; nas cidades se alumiavam com
os lampião a gás, nas casas dos ricos eram
a luz de velas, no campo era nas lamparina
e candeeiro com o azeite da mamona, assim se formou a
modernidade, até as musicas o que mais falava era do amor;
não avia apelação. nem plantar a verdinha, em quintais, vendida
a um real. as crianças aprende a brincar de aviãozinho e vender
pedrinhas como se fosse amendoim; diz pra mim cá entre nós,
esta que é a modernidade do século vinte? Homenagem a mamona
que representava na época a Petrobrás. nos tempos da escravidão não
existia a eletricidade. no campo a eletricidade era o azeite da mamona.
que era usado no candeeiros e nas lamparinas, na época da colheita da
mamona os escravos colhiam os cachos e colocavam para secar no sol.
quando era aquecida os frutos arrebentavam dando estalos como se fosse
espoletas. os caroços voavam longe, eram recolhidos e socados no pilão
ou no monjolo; e colocados para ferver, depois que esfriava era apurado nas
palmas das mãos, era assim com muito trabalho que chegava a depuração de
um bom azeite da mamona. este produto também servia para untar os arreios das
tropas de mulas, e os eixos dos carros de bois, amaciar as dobradiças das portas,
e as fechaduras; era um produto muito útil da época, ate para untar os umbigos
dos recém nascidos. outra coisa que devo explicar naquela época a higiene era zero. não existia papel higiênico, nem privada, dentro de casa, usavam pinico.
e limpava com sabugo de milho, até papel comum era coisa rara. existia do lado
de fora das moradias uma tal de latrina. que sempre era construídas em cima dos
chiqueiros dos porcos. quando os porcos notavam que estava chegando gente
todos saiam correndo. e tudo era despejados nas cabeças deles, e por esta causa
que na Cidade do Rio de Janeiro tem um proverbio, quem mora em casa de cômodo moram em cabeça de porcos. eu afirmo já morei em uma delas. por
que mentir? se eu estou fazendo tantas afirmações ; somos gentes que ajudamos
a fazer acontecer. não somos os culpados de tudo o que é ruim que estamos vivendo, estes sim vão carregar as culpas das mortes dos próprios pais e mães
trazendo para dentro de suas casa a morte, recolhida nas baladas da vida entre
drogas e sexos !!!
Escrito por José da silva caburé poesias contos & versos.
Araruama; 17/01/2/021.
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