domingo, 26 de novembro de 2023

 Encanto ao chegar no meu recanto;

Este lugar que amo tanto, pedacinho do céu.

No alto de uma colina, sinto mais perto de Deus.

Aqui o vento é mais puro, as águas cristalinas; 

formando fonte pingo, a pingo, das pedreiras;

vão rolando morro abaixo, tombo a tombo, e 

se tornando em cachoceira. O clima é suave,

o chuá das águas, o gorjeio das aves, Aqui é

a morada do meu espírito, e da minha alma.

Só o meu corpo abita na cidade; Quando; 

morrer quero ser queimada, aqui as cinzas

espalhadas, onde ficara corpo, espírito e alma. 

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

 Deus me concedeu: um pedacinho da terra para morar.

Onde tem uma pedreira, é a morada de xangó;

a cachoeira de mãe Oxum,

As matas onde canta os passarinhos, reclusivo o sabia. 

Aqui é o meu paraíso, em um jardim florido aonde voa; 

o beija-flor na ramada do maracujá; o bem ti-vi acusa, 

as coisas naturais. O dia se vai entardecendo, surge a lua; 

e as estrelas, clareando a imensidão; onde mora a paz e a solidão

onde não tem falsidade, e ingratidão. A minha rede está balançando,

entre dois pés de oliveira, daqui a dois anos terei azeite, e azeitona;

 Quero paz, não direi que tudo se dane.  

Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos.

Araruama;24/11/2023.

domingo, 12 de novembro de 2023


Nos final deste més, viajarei;

passar pela mesma estrada, naqueles tempos presente.
Ver de novo, as árvores se estão no mesmo lugares;
os rios, os montes, e horizonte; 
se faltar uma só árvore, na beira desta estrada, foi porque ela
deixou de existir, por um acidente de um vendaval; 
ou por um homem malvado para dela fazer um cercado;
Meu filho, até este momento estava sendo o navegador;
assuma o comando, e não atrapasse a velocidade de cem;
Cuidado nas curvas a esquerda, em declive a direita, ver, prever, e aja;
Reduza da quinta para quarta, e pé na taboa, e vamos cortando estrada.
Tudo na vida acontece no presente momento; como nascer ou morrer.
Eu sismo e afirmo; ninguém nasce, ou morre no passado, ou no futuro;
 Esse meu filho aos cinco anos juntos passamos nesta mesma estrada; 
hoje está com cinquenta anos, ele só não lembra das árvores; mas é
um bom motorista, filho, Deus ti guia na estrada da vida.  
Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos.
Araruama, 10/11/2023.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

 Amigos e Amigas, quem vus fala é um malandro do bem;

Que se formou na faculdade da vida, e não faz mal a ninguém

viveu na lapa, no Rio de Janeiro, nos anos de 1950, na minha adolescência;

até os meus cinquenta anos, de existência; nesta época já tinha morrido o 

Madame-satã, e o Miguelzinho, camisa preta; só restando o clube amarelinho 

e o cordão bola preta; foi neste ambiente de boemias, que me diplomei, em

um malandro do bem; sou humano, o meu signo é sagitário, cabeça de homem; 

o corpo de um cavalo; tendo dentro de mim, três elementos a mais; a inteligência; 

o raciocínio, e o extinto; o extinto pertence aos animais; tenho estes sortilégios;

por reconhecer, em quem posso confiar; basta bater um curto papo; com o pretendente 

a ser meu amigo; Deus me fez um homem educado, prestativo, querendo resolver todos os 

problemas do mundo, os sofrimentos das pessoas que estão sofrendo, por algum motivo;

quem já viveu tanto tempo na lapa, aprendeu todas as malandragens da vida, sem requerer

benefícios. Escrito, por José da silva caburé, em poesias, contos & versos. 

 Araruama, 09/11/2023.

    

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Antigamente, 

 Muitas mulheres já foram xingadas de bruaca;

mas quem os xingava nem sabia o que era bruaca.

Olhe bem em uma das mulas, carregando duas caixas;

uma carrega as panelas, os pratos, a temple, os talheres.

Do outro lado da cangalha, na outra caixa carregavam-se os mantimentos;

cada uma destas caixas tem o nome de bruaca.

Isto são coisas de antigamente, na maioria dos trasportes eram feitas pelas tropas de mulas.

Mesmo depois da máquina a vapor, que passava de cidades em cidades; mas quem; 

transportava os mantimentos das fazendas para as locomotivas era as tropas de mulas.

Escrito por José da silva caburé, poesias, contos, & versos.

Araruama, 01/11/2023.