Eu sou da era graciana,
sou da família celacanto,
mas nunca provoquei maremoto,
o que sei aprendi, e continuo aprendendo;
na faculdade universal. Sabedor que tudo
que aprendi, não passa de uma gota de todos os oceanos.
em todos os lugares que passo, deixo a minha marca,
se a casa for uma tapera, transformo ela em um palácio;
foi assim que sempre me portei, por quarenta anos tive
vinte e um alqueires de terras, quando o adquiri, era toda
mal tratada, cheia de erosões, já não nascia nada, a casa era
construída com esteio de madeira, e assoalho de taboas, não
tinha banheiro e nem privada, era perto da cidade, mas tinha
um morro na estrada que nem jipe passava, resolvi todos os problemas,
concretei quinhentos metro na estrada, água que vinha em um rego
por mim fora encanada, que lá ia, ficava admirado, coloquei luz elétrica,
portão eletrônico, camará de segurança, tinha jogado a casa velho no chão
construí uma de dois andares, tendo laje e telhado, constrói um bom estábulo,
comprei um grande engenho tacha para rapadura e assuca mascavo, um
alambique de mil e quinhentos de calda. sempre no pasto um touro, bezerros
e vacas, vendi tudo fui para outro lugar, lá adquiri, uma casa e nos fundo um
terreno que na época era um campo de futebol, arranque as travas, e fiz uma chácara,
hoje tenho nela plantado, vários pés frutíferos, e flores variadas, a casa foi feita de novo,
tendo piscina e churrasqueira, até um pequeno alambique, um pequeno engenho, onde
como passa tempo produzo rapadura e assucar mascavo, se hoje que me vendeu passando
na rua não vai conhecer o que um dia foi seu; escrito por José da silva caburé,
poesias contos & versos. Araruama, 16/07/2023.
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