segunda-feira, 5 de abril de 2021

 A casa onde nasci e me criei, era grande.

o meu pai era muito rico, e respeitável ,

a casa chamava atenção tinha beira, eira,

e tri beira, na porta me lembro  que tinha 

uma aldraba, eu menino tinha medo vendo

aquele cara de um homem barbudo, tendo 

na boca uma argola  era para bater na porta 

avisando que tinha visita, era a campainha

ou o interfone de hoje em dia, isto foi no tempo 

de um presidente de nome Artur Bernardes,

meu pai tinha fazenda com uma grande 

plantação de café, que foi desvalorizado,

não sei o porque o tal governo mandou  queimar 

todo os cafés de todos os fazendeiros, meu pai 

ficou pobre teve que entregar a fazendo e a casa para 

o homem que emprestou o dinheiro era promissoras, 

o dinheiro tinha o nome de patacas,  foi assim que 

papai ficou  um homem pobre sem beira e sem eira,

papai mudou para uma cidade grande, e fomos morar

em uma cabeça de porcos, era assim o nome que dava 

a quem morava em casa de cômodos, onde morava várias

famílias onde tinha só um banheiro e um tanque para lavar 

a roupa, mas foi bom aprendi ver o mundo de outra forma, 

via entre aquelas pessoas  que eram felizes, cada um tinha 

o seu trabalho  tinha o que comer, as mulheres andavam  bem 

vestidas e os homens bem trajados; ninguém conhecia tatuagem

e ninguém andava de roupas rasgadas na aquela época as mulheres 

eram caprichosas, andavam sempre limpinha e cheirosas aquelas 

que não pudesse vestir seda ou cetim , vestia de chita, nem por 

isto deixavam de serem bonitas,!!!

Escrito por José da silva caburé poesias contos & versos.

Araruama. 05/04/2/021.



   

Nenhum comentário :

Postar um comentário