A casa onde nasci e me criei, era grande.
o meu pai era muito rico, e respeitável ,
a casa chamava atenção tinha beira, eira,
e tri beira, na porta me lembro que tinha
uma aldraba, eu menino tinha medo vendo
aquele cara de um homem barbudo, tendo
na boca uma argola era para bater na porta
avisando que tinha visita, era a campainha
ou o interfone de hoje em dia, isto foi no tempo
de um presidente de nome Artur Bernardes,
meu pai tinha fazenda com uma grande
plantação de café, que foi desvalorizado,
não sei o porque o tal governo mandou queimar
todo os cafés de todos os fazendeiros, meu pai
ficou pobre teve que entregar a fazendo e a casa para
o homem que emprestou o dinheiro era promissoras,
o dinheiro tinha o nome de patacas, foi assim que
papai ficou um homem pobre sem beira e sem eira,
papai mudou para uma cidade grande, e fomos morar
em uma cabeça de porcos, era assim o nome que dava
a quem morava em casa de cômodos, onde morava várias
famílias onde tinha só um banheiro e um tanque para lavar
a roupa, mas foi bom aprendi ver o mundo de outra forma,
via entre aquelas pessoas que eram felizes, cada um tinha
o seu trabalho tinha o que comer, as mulheres andavam bem
vestidas e os homens bem trajados; ninguém conhecia tatuagem
e ninguém andava de roupas rasgadas na aquela época as mulheres
eram caprichosas, andavam sempre limpinha e cheirosas aquelas
que não pudesse vestir seda ou cetim , vestia de chita, nem por
isto deixavam de serem bonitas,!!!
Escrito por José da silva caburé poesias contos & versos.
Araruama. 05/04/2/021.
Nenhum comentário :
Postar um comentário