Um doidão;
Nesta minha vida de doido,
que só vive a pensar em coisas
tão doidas, que até Eu, doido duvido.
Sentado em uma calçada em uma
esquina de uma rua, eu doido fico a olhar
de cabeça baixa e os olhos virado pro o alto,
olhando as pernas bonitas das moças a passarem,
eu doido da vida fico a imaginar, coisas que eu
doido tenho vergonha de falar, pois foi por causa
de duas pernas e uma coisa entre as pernas foi que
a minha cabeça doida endoidou -se, por isto que fiquei
bem mais doido, depois que comecei a sentir tanta dor
de tanta pancada que a minha cabeça levou, o pai dele
endoidou-se, mas como é o destino, um dia por a caso vi
o pai dela todo sorridente cheio de alegria, brincando com o
seu netinho, eu fiquei ainda mais doido querendo e não podendo
ir correndo abraçar o meu filhinho, mas pensei eu sou doido mais
não tanto doido, de me apresentar assim todo sujo e rasgado, e a
muitos meses sem tomar banho, sabendo que vou morrer doido mas
não nas mãos da aquele pai doidão.
Escrito por José da silva caburé poesias contos & versos,
Araruama. 23/10/2020
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