quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Um contador de história;
Nascemos e estamos vivendo até hoje no campo;
somos da mesma idade, eu sou o capataz,nascemos
no mesmo ano, fomos criados como irmãos, e sempre
brincamos juntos,um não largava o outro, fomos crescendo
eu já era um rapaz,forte pela a lida , ela uma mocinha muito
bonita,tendo um corpo escultural, a nossa amizade crescia cada
vez mais, até parecia mus dois carrapatos grudados um a o outro.
logo no segundo cantar repicado do galo,eu levantava para buscar
as vacas pare ser ordenhadas, quando eu chegava no curral  ela já
tinha amarrado o bezerro ou a bezerra no tronco,e a caneca de café
com leite e um pedaço de broa de fuba, sempre estava a minha espera,
e tinha lavado o balde e o pano para coar o leite, que era depositado
nos latões já pendurado na cangalha da mula, cada latão continha
cinquenta litros de leite, acabando esta tarefa soltava as vacas e as suas
crias, para o pasto, só ia as quatorze horas para recolher os bezerros que
só seria soltos no outro dia seguindo a mesma rotina de sempre, depois
da ordenha, quando eu voltava da cidade ela já estava a minha espera na
porteira, entrava na cozinha para fazer um lanche,e logo saia mus para
passear, como de costume, eu como homem fui tendo um comportamento
diferente dentro do meu coração, peguei a gostar que ele fosse na frente,
quando a trilha era apertada, só para ver o seu lindo corpo, e aqueles cabelos
pretos se esvoaçando ao vento,eu não tinha maldade, mais já era o amor que
estava chegando, nos tia mus um lugar preferido, era o remanso do rio onde a
areia parecia prata, e tinha várias borboletas coloridas em revoadas, ali para nós
era um paraíso,ia mus nadar e brincar se abraçando e empurrando um ao o outro
como duas crianças, era só alegria e felicidade,a nossa intimidade era tanta que nos
se beijava no rosto e se abraçava, quando saia mus da água ia mus deitar na areia
prateada cheia de borboletas, era só felicidade, ela sempre deitava a sua cabeça em
meu colo, ela cantava balançando a cabeça, tinha na boca uma flor do campo, eu
afagava os seus cabelos e o seu rosto, neste dia o seu comportamento foi para mim
inesperado, ela retirou da boca a flor pois os dois braços ao redor do meu pescoço
e foi puxando lenta em direção a sua boca olhando firme em meus olhos,eu sem saber
o que fazer dei um selinho carinhoso em sua boca, ela não contente entro em desespero,
ela ficou irreconhecível toda agitada ofegante me abraçava forte, afinal ela não me deixou
outra solução, aconteceu, os seus beijos fez mudar o meu comportamento, de um grande
amigo e quase uma Irmã, e deste momento viramos amantes, depois de três meses foi
difícil a explicação, mais deu tudo certo, hoje os pais dela são avós corujas, e entre eu e a
sua filha impera o amor ainda somos como crianças,brincando como nosso filho e a nossa
vida sempre foi cheia de felicidade a grande amizade se transformou
 em um grande amor.
Escrito por José da silva caburé, poesias contos & versos.
Araruama;12/09/2019.               

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